A demência senil em gatos

Como detectar e tratar a demência senil em gatos: um guia completo para tutores!

Mudanças de comportamento são sinais importantes para o diagnóstico de doenças em animais de estimação. Em gatos idosos, o diagnóstico pode se tornar ainda mais difícil, por isso, os bichanos devem fazer um check-up anual a partir dos sete anos de idade. A partir dos dez anos os primeiros sinais da doença costumam aparecer, mas são mais frequentes em felinos com quinze anos ou mais. 

Assim como nós seres humanos, os animais de estimação sofrem deterioração física e mental conforme vão envelhecendo, parecido ao Alzheimer no ser humano.  

Mas, essas mudanças podem ser retardadas se eles forem bem cuidados ao longo da vida, porém inevitáveis. Por isso, os tutores de felinos devem estar preparados para lidar com a demência senil, comum em gatos na terceira idade. 

Outro nome dado à doença é Disfunção Cognitiva Felina. Ela acontece quando as capacidades de cognição e compreensão do meio começam a ficar comprometidas por causa da velhice. 

Esta doença diminui de forma considerável a qualidade de vida do pet, acarretando outros inúmeros problemas de saúde, como, por exemplo, confusão, desorientação, queda na qualidade auditiva, mudanças articulares, entre outros. 

É importante que o tutor esteja sempre atento e compreenda a seriedade dos transtornos causados, para ajudar na melhora da qualidade de vida do pet. Ao notar sinais da doença, leve-o o quanto antes ao veterinário. Assim ele poderá tratá-lo de forma adequada.

Sinais de demência senil em gatos

Eles passam a perder o interesse pelo seu entorno e começam a dormir mais durante o dia. Porém, perambulam durante a noite e costumam miar mais que o normal. 

Esses sinais de disfunção cognitiva começam a aparecer aos poucos nos felinos. São um pouco difíceis de notar, além de a demência não afetar os animais da mesma forma.

Alguns demoram para desenvolver, podendo chegar aos quinze anos sem sinais visíveis, em outros casos aos dez anos podem já estar em estágio avançado. É uma doença difícil de padronizar, por isso os donos devem ficar atentos caso o seu bichano mude o comportamento apresentando qualquer tipo de sintoma.

Por mais que a doença não possa ser revertida, é possível detê-la ou retardá-la. Mas só é possível se detectada de início. O pet portador dessa doença, pode apresentar um ou mais sintomas.

O sinal mais predominante, comum e fácil de ser detectado, é a confusão. O bichano fica vagando pela casa sem destino aparente. Isto ocorre devido ao esquecimento de onde estão suas coisas e até mesmo pra onde ele estava indo.

O comportamento dele também é alterado devido à confusão. Ficam mais carentes e querendo mais atenção do que o normal ou tornam-se agressivos e ariscos.

Em geral, felinos que se encontram nessa condição ficam nervosos ou ansiosos por estarem sozinhos ou desorientados no escuro. Sua higiene vai ficando de lado, não se lambem com frequência, perdendo o brilho dos pelos e ficando até mesmo com aparência suja. E, por último, eles começam a fazer suas necessidades fora da caixa de areia, como era de costume. 

Dica

É essencial lembrar que, na presença de qualquer comportamento diferente do habitual, é necessário procurar um veterinário. Por exemplo, se o gato parece mais ativo do que o habitual ou está comendo mais ou bebendo mais água do que o normal. Até mesmo manifestações assim, que parecem triviais ou positivas, podem ser sintomas de doenças. 

Tratamento

Como já citamos, o dano neurológico causado pela velhice não é reversível e nem recuperável, o “tratamento” é oferecer meios que interrompam e evitem danos maiores.

O tratamento é feito de acordo com o perfil de cada gato, mas, no geral, são usados medicamentos alopáticos e vitaminas que ajudam a retardar o envelhecimento do cérebro e melhoram as funções de cognição. Geralmente é recomendado pelo veterinário um medicamento que tem princípio ativo de selegilina. 

Mas ao perceber qualquer sintoma leve-o no veterinário para que passem o tratamento adequado ao seu bichano. E lembre-se: não dê medicamentos sem prescrição médica. Mesmo que seja com boas intenções, você pode acabar piorando a situação do seu animal. 

Cuidados

Após o felino ser diagnosticado com demência senil, deve-se mudar a rotina dele. Provavelmente ele tomará remédios até o final de sua vida. E você, tutor, poderá ajudá-lo com algumas coisas simples para ele ter uma boa qualidade de vida. 

A primeira medida a ser tomada é evitar mudar os objetos dele de lugar (tigelas, brinquedos, caixa de areia e afins). Por conta da dificuldade de encontrar as coisas estando senil, mantenha tudo sempre no mesmo local. Evite também mudar os móveis da casa de lugar, pois uma mudança no ambiente pode confundir ainda mais o pet. 

Procure um lugar da casa que o bichano possa ficar tranquilo, sem ruídos e com pouca movimentação, isso evitará o estresse nele. Caso receba visita, por exemplo, coloque-o em um lugar reservado enquanto estiverem na sua casa. 

Aumente o estímulo da mente dele e dos músculos, com brincadeiras e jogos. Se seu gato não conseguir mais subir a escada, por exemplo, coloque rampas para ele ter acesso. Deixar luzes acesas, seja de abajur ou de algum cômodo que ele fique, evitará a desorientação noturna. 

Escove os pelos do animal frequentemente, já que ele por si só, não estará fazendo isso. Passe lenços umedecidos pelas partes íntimas. Ajude ele a manter sua pelagem saudável e bonita. Dieta de qualidade, é importante, sempre seguindo as orientações veterinárias.

E claro, não deixe faltar amor e carinho! 

Felipe
Formado em Administração de Empresas, o hobby pela leitura e escrita naturalmente me levou para o caminho de trabalhar como Redator. Trabalhando há dois anos nas horas vagas. E nas ocupadas também.
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