Por que os gatos são sagrados no Egito?
Saiba tudo sobre os motivos pelos quais os gatos são sagrados no Egito!
Que os gatos são animais adoráveis, não há qualquer sombra de dúvidas. Só quem convive com os bichanos sabe o quanto esses animais são fofinhos e carinhosos.
No entanto, existe um lugar onde os felinos não são somente amados, mas venerados como entidades superiores: o Egito. Mas você sabe por que os gatos são sagrados no Egito? O Amo Meu Gato explica tudo para você!
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Como os gatos eram venerados no Egito?
A história de veneração dos egípcios com os gatos começa ainda no Egito Antigo, quando esses animais eram adorados como verdadeiras divindades. Segundo esse povo, os felinos eram seres mágicos, capazes de trazer boa sorte para quem cuidava deles.
Eles eram bastante venerados pela realeza, e chegavam a ser enfeitados com joias, comiam guloseimas e eram tratados como membros da família. Quando morriam, os felinos eram mumificados tal qual os humanos à época, e, em sinal de luto, os tutores dos animais raspavam as sobrancelhas e lamentavam a morte do gato até que elas crescessem novamente.
No século XIX, estudos arqueológicos revelaram mais de 300 mil múmias de gatos em um cemitério em Tall Bastah, cidade próxima ao rio Nilo onde ficava o principal templo da deusa Bastet.
Também é possível observar que os bichanos estão presentes em diversas artes, esculturas, pinturas e escrituras da época. O gato era tão sagrado que aqueles que os matavam eram condenados à morte, ainda que a morte fosse acidental.
Essa adoração, inclusive, foi explorada como tática em meio a uma guerra e causou um derrota histórica ao povo egípcio. Cerca de 600 anos antes de Cristo, o comandante persa Cambises II ordenou um ataque às pirâmides, mas havia uma peculiaridade: o exército utilizava gatos como escudo na frente das tropas.
Decididos a não atacar os animais sagrados, os egípcios não ofereceram resistência e acabaram por se render na batalha. Era melhor isso do que cogitar a possibilidade de ferir um ser sagrado.
Mas afinal, por que os gatos eram tão adorados no Egito?
Além de serem considerados seres místicos por supostamente trazerem boa sorte e proteção aos seus tutores, os gatos eram adorados no Egito por uma outra razão mais importante.
Os egípcios à época tinham outros inimigos mortais além dos povos com os quais viviam em guerra: os ratos que infestavam a região. Os roedores eram responsáveis por enormes destruições nas colheitas de grãos e cereais, e, claro, também transmitiam diversas doenças.
A população ficou surpresa com o jeito e a agilidade com que os bichanos caçavam. Sendo a agricultura o meio principal que movia aquela sociedade, não demorou para os bichanos ganharem cada vez mais importância.
Quando perceberam que os felinos eram a solução para a infestação de ratos, passaram a adorá-los e tratá-los como algum tipo de divindade que veio para protegê-los contra esse mal. E dessa forma começou a história de adoração dos felinos no Egito Antigo.
A deusa Bastet
De acordo com a mitologia egípcia, os deuses antigos tinham o poder de se transformarem em diversos animais. No entanto, apenas a deusa Bastet era capaz de se tornar um gato.
Bastet era uma das várias divindades que detinham o título de Olho de Ra, ou seja, que detinham habilidades de deus egípcio de gato, como protetora e vingadora. Ela é constantemente representada como uma mulher com a cabeça de felino, embora existam concepções dela sem atributos humanos.
Como os egípcios realmente domesticavam seus gatos, tornando-os valorizados por membros da família, em vez de apenas animais semisselvagens que perseguiam e protegiam as casas de seus donos, a imagem de Bastet se tornou muito mais suave — e ela passou a ser uma deusa da família, fertilidade e amor.
Para a adoração de Bastet, inclusive, uma série de cemitérios de gatos domésticos mumificados foram criados, sendo muitas vezes enterrados perto de seus donos.
A raça Mau Egípcio
Os gatos domésticos que conhecemos hoje são todos descendentes dos gatos selvagens do Oriente. No entanto, uma raça em específico é conhecida por ser descendente de um antigo gato egípcio.
A raça Mau Egípcio foi criada a partir de dois gatos trazidos do Egito. A espécie aprimorada em 1956, sendo reconhecida pelas instituições de criadores apenas 12 anos mais tarde, em 1968.
Apesar do cruzamento recente, muitas pessoas acreditam que a origem dessa raça era o mesmo gato adorado pelos antigos egípcios. Por conta disso, muita gente conhece o Mau Egípcio com o nome popular de “gato da Cleópatra”.
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