O Gato Burmês

Saiba tudo sobre a raça Burmês!

São diversas raças de gatos para o deleite dos tutores, cada um com suas caraterísticas e personalidade distintos. O gato Burmês — ou Burmese —, também conhecido como “gato da boa sorte”, é uma excelente companhia, leal e adora tagarelar.

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Qual a origem do gato Burmês?

O gato Burmês, também conhecido popularmente como Burmese, tem origem na Birmânia (atual Myanmar). Os primeiros registros desses gatos encontram-se em manuscritos datados do século XIV e XV, provenientes principalmente da antiga capital do Reino de Sião, Ayuthaya, leste da Birmânia.

Embora a história dessa raça não esteja totalmente clara, é possível afirmar que ela é bastante ligada à religião. Acredita-se que esse gato existia nos mosteiros da Birmânia, sendo tratados com cuidado especial, já que monges possuem os mesmos princípios religiosos de cuidados dos animais que os frades.

Reza a lenda que em 1930, uma gata chamada Wong Mau foi levada de Myanmar para os Estados Unidos pelo médico da marinha Dr. Joseph C. Thompson.

Inicialmente imaginou-se que a gata, de coloração marrom-profunda, poderia ser apenas uma Siamesa muito escura. O Dr. Thompson, acreditando ser uma raça diferente, decidiu cruzar Wong Mau para determinar com exatidão de que raça se tratava.

Ao cruzá-la com um Siamês, os filhotes resultantes pareciam ser híbridos de Burmês/Siamês ou Siameses puro. Quando os que pareciam ser híbridos foram cruzados entre si, eles produziram filhotes Burmeses de cor profunda e escura.

A raça foi oficialmente reconhecida na década de 50, tanto na América do Norte quanto na Europa. O primeiro Burmês chegou à Inglaterra em 1949. Há dois tipos de Burmês: o padrão americano, se tratando de um gato compacto, maciço e com cabeça redonda; e o padrão inglês, mais esbelto e com cabeça mais triangular.

Quais as características do Burmês?

O Burmês é um gato de tamanho médio, musculoso e compacto. A cabeça do padrão americano é arredondada, com maçãs do rosto altas, focinho curto e redondo, apresentando uma quebra ao nível do nariz.

Já o padrão inglês apresenta cabeça triangular com crânio largo e levemente arredondando, sendo as demais características muito parecidas com o tipo americano.

Os olhos são grandes, bastante espaçados e expressivos, comumente de coloração amarelo-dourado. As orelhas são médias, inseridas ligeiramente afastadas e inclinadas para frente, com pontas arredondadas.

A pelagem é curta e bastante sedosa e brilhante, praticamente sem subpelo. O castanho-escuro era a cor mais conhecida inicialmente, com outras tonalidades surgindo aos poucos, como o azul, chocolate, lilás e cor tartaruga.

É comum que um filhote Burmês mude a cor de sua pelagem ao longo do seu crescimento. A cauda é de tamanho médio, afilando em direção à ponta arredondada. As fêmeas atingem sua maturidade cedo, por volta dos nove meses.

Qual a personalidade do gato Burmês?

Os gatos da raça Burmês são conhecidos por serem bastante curiosos e inteligentes. A personalidade deles é adorável, pois são brincalhões e um pouco comunicativos, com voz forte, menos rouca do que a do Siamês.

Essa raça é perfeita para o convívio com crianças, visto que são companheiros incansáveis e bastante pacientes, sendo também receptivos a outros animais, embora costumem ser dominantes com outros gatos. É importante estarem sempre em atividade, ou ficarão entediados.

Por serem corajosos e não temerem nada, os gatos da raça Burmês precisam estar sempre sob supervisão — especialmente fora de casa — para que não corram riscos.

Embora apreciem espaço para afiar seus instintos de caça, funcionam muito bem em apartamentos. São muito apegados aos tutores, adorando passar bastante tempo no colo recebendo carinho.

Bastante observador de tudo o que acontece na casa, é bastante comum imitar coisas que viu algum humano fazendo — incluindo esconder pertences do dono em seus lugares favoritos, sentindo muito interesse por objetos brilhantes.

Saúde e cuidados

Um estudo em 2008 revelou que o padrão americano do Burmês apresenta a menor variabilidade genética entre as raças de gatos modernas. Isso significa que os gatos desse tipo estão intimamente ligados, o que implica em maior risco de consaguinidade e, consequentemente, maior propensão a desenvolver doenças genéticas em cruzamentos da mesma raça.

Por outro lado, o Burmês é a raça doméstica com maior expectativa de vida: os Burmeses costumam viver em média até 17 anos. Eles são bastante afetados, porém, pela chamada “síndrome vestibular”, que é uma doença hereditária do ouvido interno que implica em uma má formação do órgão relativo ao equilíbrio. As consequências são problemas de equilíbrio e dormências.

O padrão britânico é muito propenso a desenvolver diabetes mellitus. Outro problema que pode afetar o Burmês é deficiência de potássio no sangue, conhecida como hipocaliemia.

Igualmente frequente é também a fibroelastose endocárdica. A doença, rara entre os gatos, caracteriza-se pelo espessamento do revestimento do músculo cardíaco e apenas ocorre entre animais jovens.

Não precisam de muita atenção com relação aos cuidados, basta uma escovação semanal para retirar os pelos mortos e manter a aparência. É recomendado escová-lo com os dedos diariamente para ajudar na tarefa, além de servir como carinho para o bichano.

Felipe
Formado em Administração de Empresas, o hobby pela leitura e escrita naturalmente me levou para o caminho de trabalhar como Redator. Trabalhando há dois anos nas horas vagas. E nas ocupadas também.
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