Gata da raça Bengal é confundida com jaguatirica e solta na mata

Gatinha foi encontrada 12 horas depois do ocorrido.

Gatos são animais domésticos que ainda guardam muito de sua herança selvagem, em muitos casos até na parte física. E essa característica acabou gerando muita confusão em Belo Horizonte.

Na última terça-feira (10), o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais foi acionado para retirar uma “pequena onça” de um condomínio no bairro de Belvedere, em Nova Lima, zona nobre da capital.

Os bombeiros chegaram ao local e usaram uma rede para efetuar a captura do animal — semelhante a uma jaguatirica —, procedimento padrão para essas situações. Após a captura, a “onça” ou “jaguatirica” foi “libertada” em uma mata próxima.

A confusão começa quando o morador Rodrigo Calil entra no grupo do condomínio e se depara com uma orientação da portaria dizendo para ninguém descer, pois havia uma “onça” solta no local.

Ao ver as fotos, Rodrigo constatou que o tal animal selvagem era nada mais, nada menos que Massinha, sua gatinha de apenas 7 meses da raça Bengal. O veterinário e ator foi até a portaria, onde foi informado sobre o procedimento do Corpo de Bombeiros.

Eu disse que eles não podiam fazer isso. Eles não têm essa capacidade técnica e, mesmo supondo que é um animal silvestre, precisam fazer uma triagem. Eles soltaram a gata na mata, eu já liguei pedindo ajudar nas buscas e eles não vieram — afirmou Rodrigo.

Procurados, os bombeiros disseram que a corporação foi acionada pelos moradores informando que “o animal estava solto, vagando pelo local há cerca de dois dias, agressivo, sem sinais ou evidências de que poderia ser doméstico e/ou estimação”.

Ainda segundo os militares, os moradores estavam se sentindo ameaçados pelo “risco de possível ataque do felino”. Ao chegar ao local, “a guarnição identificou que não se tratava de uma onça, mas de um gato (aparentemente gato-do-mato)”.

O animal foi capturado de forma segura e solto em local mais afastado de tal perímetro urbanizado conforme o protocolo padrão para ocorrências envolvendo animais silvestres. Ainda de acordo com os bombeiros, não havia coleira ou outra identificação visível — dizia trecho na nota oficial divulgada pelo Corpo de Bombeiros.

Final feliz

Apesar de todo o transtorno, a história teve um final feliz. Após 12 horas de buscas, Massinha ouviu a voz da filha de 7 anos do tutor e atendeu ao chamado. Ela estava assustada mas sem ferimentos aparentes.

Felipe
Formado em Administração de Empresas, o hobby pela leitura e escrita naturalmente me levou para o caminho de trabalhar como Redator. Trabalhando há dois anos nas horas vagas. E nas ocupadas também.
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