A Cardiomiopatia Hipertrófica Felina
Saiba tudo sobre essa doença dos gatos!
Os felinos estão sujeitos a diversas patologias, algumas delas mais graves e que oferecem sérios riscos à saúde dos bichanos. É o caso da Cardiomiopatia Hipertrófica Felina, ou CMH.
Como o próprio nome sugere, a CMH é uma doença cardíaca — mais precisamente do músculo do coração —, considerada por muitos veterinários a principal patologia nesse órgão para os felinos. É a maior causa de paradas cardíacas, trombose e mortas súbitas nos bichanos.
Embora essa doença tenha perfil hereditário, ainda não existe certeza completa quanto a sua origem. Além disso, é uma patologia de difícil diagnóstico, já que os felinos costumam se manter assintomáticos mesmo em estágios avançados.
Pensando nisso, o Amo Meu Gato preparou essa matéria especial para contar tudo para você sobre essa grave condição dos felinos. Confira abaixo!
Índice de assuntos
O que é Cardiomiopatia Hipertrófica Felina?
Como colocado acima, a Cardiomiopatia Hipertrófica Felina é uma doença que atinge o músculo do coração, e se caracteriza pela hipertrofia do ventrículo esquerdo. Ela pode ser primária (idiopática) ou secundária.
Essa hipertrofia leva a uma disfunção diastólica, provocando aumento da pressão de preenchimento ventricular esquerdo. Em outras palavras, a musculatura cardíaca começa a bombear o sangue com muito mais força.
Além disso, essa condição também diminui o espaço dos ventrículos, onde o sangue fica armazenado temporariamente para ser bombeado para o corpo. Como consequência desse processo, o gato apresenta um fluxo de sangue no organismo totalmente inadequado. Pode levar também aumento do átrio esquerdo.
Por conta desse aumento de pressão, os felinos podem desenvolver problemas como edema pulmonar. A CMH também pode ser resultado de doenças primárias, entre elas o hipertireoidismo, a hipertensão sistêmica e a estenose subaórtica.
Quais as raças de gatos mais afetadas pela Cardiomiopatia Hipertrófica Felina?
Estudos indicam que gatos de todas as idades podem ser acometidos pela Cardiomiopatia Hipertrófica, embora os machos tenham maior predisposição para desenvolver a doença.
Algumas raças puras (assim como os seus mestiços) também apresentam maior tendência a sofrer com essa condição, entre elas:
- Maine Coon;
- Persa;
- Ragdoll;
- Siamês;
- Sagrado da Birmânia;
- Britsh Shorthair;
- American Shorthair (considerada a raça mais acometida).
Quais os principais sintomas da Cardiomiopatia Hipertrófica Felina?
Como colocado anteriormente, essa condição é tão terrível para os bichanos porque costuma ser muito silenciosa. Ou seja, na maioria dos casos os sintomas não se manifestam até um ponto crítico, o que dificulta bastante o diagnóstico.
Alguns sintomas, porém, podem ser associados à CMH, entre eles sopro cardíaco de grau variável, “ritmo de galope” e arritmias. Em casos mais graves, o bichano pode apresentar sintomas como:
- Dispneia;
- Cianose (coloração azulada na pele);
- Efusão pleural (acúmulo de líquido ao redor dos pulmões);
- Claudicação;
- Paresias;
- Paralisias;
- Tromboses sistêmicas.
Como é feito o diagnóstico da Cardiomiopatia Hipertrófica Felina?
Para obter um diagnóstico preciso — e o mais precoce possível — da Cardiomiopatia Hipertrófica Felina é preciso ressaltar que os check ups rotineiros com um veterinário de confiança são mais do que necessários.
O profissional poderá realizar exames como testes genéticos, aferição da pressão arterial e ecocardiograma para identificar a condição. Como a CMH é assintomática, para descobri-la em seus estágios iniciais é preciso que a verificação da saúde do seu animal esteja em dia. As raças mais suscetíveis a desenvolver o problema precisam de mais atenção, claro.
É possível também que o veterinário solicite exames como ECG (na suspeita de arritmias cardíacas), função renal, radiografias torácicas e a mensuração da pressão arterial sistêmica.
Tratamento e prevenção da Cardiomiopatia Hipertrófica Felina
Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que a Cardiomiopatia Hipertrófica Felina não tem cura. Embora ela possa ser tratada, o gato que nascer com a doenças fatalmente irá desenvolvê-la ao longo dos anos.
Nos animais assintomáticos o tratamento é considerado um pouco controverso, já que não é possível ter certeza se a condição pode ser retardada ou a sobrevida do bichano prolongada antes das manifestações dos sintomas.
Naqueles que já manifestaram os sinais clínicos, o tratamento tem como objetivo melhorar o preenchimento ventricular, reduzir o entupimento, controlar as arritmias e promover a prevenção dos trombos. Reduzir o estresse no animal também é muito importante, especialmente nos que desenvolvem dificuldade respiratória.
Por tudo o que já foi colocado, a CMH é uma doença muito difícil de ser prevenida. A única forma de prevenção é evitar que os genes responsáveis pela doença sejam propagados.
Para tal, é recomendado que os gatos que têm a doença constatada parem de reproduzir, ou até mesmo realizar a castração do animal (inclusive devido aos outros benefícios do procedimento).